terça-feira, 31 de julho de 2012


Confira a avaliação de todas as versões do Punto

Experimentamos a gama completa, dos 88 cavalos de potência aos 152 cv






O Fiat Punto é um dos casos de veículo que, ao mesclar equipamentos e motores, surgem versões para competir em segmentos distintos. Oferecido em quatro configurações, a Attractive 1.4 (R$ 38.570), Essence 1.6 16V (R$ 41.750), Sporting 1.8 16V (R$ 46.400) e a esportiva T-Jet 1.4 16V Turbo (R$ 55.740), o hatch ganhou mais que uma reforma visual que o deixou com a cara do Punto Evo europeu – leia tudo o que mudou aqui. As primeiras impressões ao dirigir o renovado italiano você confere abaixo.


Um carro de muitas faces



Avaliar um carro como o Punto é uma tarefa um tanto curiosa justamente pela variedade de configurações e o comportamento distinto que cada uma delas tem. São quatro motores na linha: 1.4 Fire EVO, 1.6 16V e 1.8 16V da família E-Torq e o 1.4 T-Jet, seguindo uma escala de potência que começa nos 88 cv e termina nos 152 cv. Pelos números, fica claro o abismo que separa as versões Attractive da T-Jet.

Dentre as versões “civis”, o comportamento dinâmico do Punto é similar. O carro utiliza uma suspensão mais firme, o que deixa-o com uma tocada mais esportiva. Considerando a versão Attractive, isso não quer dizer muita coisa, já que o motor 1.4 não é exatamente uma fonte de emoções e visivelmente sente os cerca de 1.200 kg do hatch.


A coisa começa a ficar divertida a partir da versão Essence (de 117 cv com etanol). Mais esperta, ela já poupa o motorista de ter que fazer mudanças constantes de marcha. Mesmo se tratando de um motor com cabeçote multiválvulas -- que tende a ser mais moroso em rotações baixas --, ele oferece boa elasticidade. A versão Sporting pode ser uma boa alternativa para quem não quer pagar os R$ 55.740 pedidos pelo esportivo T-Jet, já que conta com itens visuais distintos, como as rodas exclusivas. O 1.8 16V dessa versão tem 132 cv e faz com que o Punto tenha arrancadas vigorosas. A unidade também gira mais baixo em velocidade de cruzeiro, o que resulta em economia de combustível.

Em todas as versões, o câmbio de cinco marchas funciona bem e tem escalonamento correto. Já o Dualogic Plus, evolução da antiga caixa automatizada da Fiat, realmente oferece trocas mais suaves e cai menos naquela “zona de esquecimento”, quando o câmbio fica sem saber se engrena uma marcha mais alta ou mais baixa. Mesmo assim, tem um funcionamento bastante perceptível e trata-se de uma opção recomendada somente para aqueles motoristas que fazem questão de não trocar de marchas.


Já o T-Jet é um caso à parte, já que utiliza, além do motor, um sistema de suspensão distinto do restante da linha. O resultado disso é um carro gostoso de dirigir, mas que instiga o motorista a pisar com vontade no acelerador, seja pelo vigor das arrancadas ou pelo ótimo som proveniente do escape. O câmbio tem relações de marcha mais longas. Para se ter uma ideia, a terceira marcha chega até os 120 km/h. Essa característica só é possível pela abundância de força do motor. Em quinta marcha, andando a 70 km/h, basta utilizar o acelerador para ter uma retomada digna de carros com motores maiores.

Nessa versão, ainda se destaca o seletor DNA, que atua na centralina do motor e muda a sensibilidade do acelerador. Lembra um pouco o sistema Overbooster do Bravo T-Jet, porém seu funcionamento é mais simples e tem mais a ver com a sensação de dirigir o carro. Ou seja, ele não altera os números de potência e torque do motor. O comportamento do Punto em cada um dos modos (Dinâmico, Normal e Autonomia) muda, podendo ir de um carro pacato até um modelo extremamente arisco.




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